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PARA REFLETIR
PARA REFLETIR

 

MULHERES

No mundo, existem diversos tipos de mulheres. Existem as que curam com a força do seu amor e as que aliviam dores com a sua compaixão. Foram exemplos Irmã Dulce, na Bahia, e Madre Teresa, na Índia.

Existem mulheres que cantam o que se sente e as que escrevem.

Há mulheres glamourosas, como foi Lady Di e mulheres maravilhosas que deixam lições eternas, como Eunice Weaver e Madame Curie.

Existem mulheres que fazem rir, e mulheres talentosas no teatro, nas telas dos cinemas, nos palcos do mundo.

Entre tantos tipos de mulheres existem as que não são conhecidas ou famosas. Mulheres que deixam para trás tudo o que têm, em busca de uma vida nova. Lembramos das nossas nordestinas e sua luta constante contra a adversidade, para que os filhos sobrevivam.

Mulheres que todos os dias se encontram diante de um novo começo, que sofrem diante das injustiças das guerras e das perdas inexplicáveis, como a de um filho amado, pela tola disputa de um pedaço de terra, um território, um comando.

Mães amorosas que, mesmo sem terem pão, dão calor e oferecem os seios secos aos filhos famintos. Mulheres que se submetem a duras regras para viver.

Mulheres que se perguntam, ante a violência de que são vítimas, qual será o seu destino, o seu amanhã.

Mulheres que trazem escritos nos sulcos da face, todos os dias de sua vida, em multiplicadas cicatrizes do tempo.

Todas são mulheres especiais. Todas, mulheres tão bonitas quanto qualquer estrela, porque lutam para fazer do mundo um lugar melhor para se viver.

Entre essas, as que pegam dois ônibus para ir para o trabalho e mais dois para voltar. E quando chegam em casa, encontram um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.

Mulheres que vão de madrugada para a fila a fim de garantir a matrícula do filho na escola.

Mulheres empresárias que administram dezenas de funcionários de segunda a sexta e uma família todos os dias da semana.

Mulheres que voltam do supermercado segurando várias sacolas, depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.

Mulheres que levam e buscam os filhos no colégio, os colocam na cama, contam histórias, dão beijos e apagam a luz.

Mulheres que lecionam em troca de um pequeno salário, que fazem serviço voluntário, que colhem uvas, que operam pacientes, que lavam a roupa, servem a mesa, cozinham o feijão e trabalham atrás de um balcão.

Mulheres que criam filhos, sozinhas, que dão expediente de oito horas e ainda têm disposição para brincar com os pequenos e verificar se fizeram as lições.

Mulheres que arrumam os armários, colocam flores nos vasos, fecham a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantêm a geladeira cheia.

Mulheres que sabem onde está cada coisa, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para dor de cotovelo do adolescente.

Podem se chamar Bruna, Carla, Teresa ou Maria. O nome não importa. O que importa é o adjetivo: mulher.

*   *   *

A tarefa da mulher é sempre a missão do amor. Onde quer que ela esteja, ali se encontrará um raio de luz, uma pétala de flor, um aconchego, um verso, uma canção.

 

Redação do Momento Espírita, com base
nas mensagens 
Quem é o mulherão? e Mulheres,

ambas de autoria ignorada.
Em 8.3.2014.

 

 

 

UMA QUESTÃO DE FÉ

É comum se ouvir pessoas afirmarem que não têm fé. Que não conseguem entender a fé de outras tantas criaturas, que se mostram confiantes na vida, apesar da turbulência que ela apresenta, cheia de problemas, surpresas, acontecimentos desagradáveis.

No entanto, a fé natural é um fenômeno próprio do ser que pensa. Manifesta-se, mesmo de forma inconsciente, nas mais variadas situações e circunstâncias existenciais da criatura.

Por exemplo, se deixar conduzir sem preocupação em todos os instantes, é demonstração de fé na vida, nas pessoas, em todas as coisas.

Em todo crepúsculo, observamos o sol desaparecer no horizonte e as trevas tomarem conta da Terra. Nem por isso nos apavoramos pensando que a escuridão se fará perene e ficaremos mergulhados na noite mais densa para sempre.

Sem maiores pensares, aguardamos tranquilos o brilho das estrelas e os raios da lua para iluminar as horas que antecedem o novo amanhecer.

E quando despertamos, no novo dia, nenhum de nós se mostra preocupado em vasculhar os céus à procura do astro rei, porque guardamos a certeza de que ele estará lá, fiel, atento, e logo surgirá com toda pompa, no seu carro de ouro e carmim.

E também sem nos apercebermos, respiramos constantemente, absorvendo o ar que nos enche os pulmões e nos assegura a vida. Nunca pensamos que, em um dado momento, o ar, de repente poderia não mais existir e todos nós morreríamos. Simplesmente respiramos.

Quando a tempestade assombra as paisagens da Terra com a sinfonia bulhenta dos acordes vibrantes dos trovões e dos ventos, mesmo assim, ninguém pensa que aquele panorama se eternizará.

O próprio ditado popular já assevera: Após a tempestade, vem a bonança. E ficamos no aguardo de que a chuva passe, os ventos se acalmem, e o sol surja outra vez, soberano, quente, brilhante.

Assim como damos estes atestados inconscientes de fé em tantas coisas, o fazemos com relação às pessoas.

Quando tomamos o coletivo que nos conduzirá ao trabalho, confiamos, mesmo sem pensarmos, no motorista que vai dirigindo. Confiamos na sua habilidade na direção, no seu conhecimento das leis de trânsito, no seu equilíbrio emocional.

Quando entramos em um avião, confiamos no comandante e na sua equipe. Confiamos no seu conhecimento, na sua técnica e habilidade para pilotar o enorme pássaro de aço que nos deverá conduzir, em breves horas, a longas distâncias.

E, todos os dias, confiamos que o responsável pelo supermercado providencie as mercadorias de que necessitamos, que o padeiro erga-se pela madrugada e asse os pães para o nosso café da manhã.

Sobretudo, confiamos os nossos filhos a professores, nas escolas, para que lhes ilustrem as mentes. O que equivale, sim, a dizer que o nosso agir demonstra que temos fé na vida, nas pessoas, em todas as coisas...

Essa fé espontânea, natural é a semente que logo mais, ou um pouco depois, despertará em nós também as energias da fé religiosa.

*   *   *

A fé é a estrela polar em noite escura, apontando o rumo para a vitória.

A fé é força e vitalidade, constituindo a segurança em qualquer empreendimento.

Quanto mais exercitada, mais se agiganta. Membro importante do contexto humano, é a alma da vida. Sem a fé a vida perderia o seu significado evolutivo porque fé e vida são partes integrantes da equação do progresso.

 

Redação do Momento Espírita, com frases
finais do cap. 10, do livro 
Desperte e seja feliz,
pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 23.1.2014

 

 APRENDENDO COM A VIDA

Existem muitas oportunidades na vida que perdemos por estarmos olhando na direção oposta. Ou, por estarmos distraídos, e só nos darmos conta quando a brisa da sua passagem nos atinge, ou seja, tarde demais.

Existem criaturas infelizes, no mundo, porque não pronunciaram certas palavras, não tomaram determinadas atitudes, enfim, não fizeram algo que lhes teria sido muito importante.

Foi certamente pensando em tudo isso, que William Shakespeare escreveu o poema Eu aprendi e que, numa tradução livre, diz mais ou menos assim:

Eu aprendi que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma pessoa mais velha.

Eu aprendi que basta uma pessoa nos dizer: “Você fez meu dia”, para ele se iluminar.

Eu aprendi que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo.

Eu aprendi que ser gentil é mais importante do que estar certo. Eu aprendi que sempre podemos orar por alguém quando não temos a força para ajudá-lo de alguma outra forma.

Eu aprendi que não importa quanta seriedade a vida nos exija, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto.

Eu aprendi que, algumas vezes, tudo de que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender.

Eu aprendi que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos.

Eu aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.

Eu aprendi que ignorar os fatos não os altera.

Eu aprendi que cada pessoa que conhecemos deve ser saudada com um sorriso.

Eu aprendi que devemos sempre ter palavras doces e gentis, pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las.

Eu aprendi que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar nossa aparência.

Eu aprendi que não podemos escolher como nos sentir, mas podemos escolher o que fazer a respeito.

Eu aprendi que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre enquanto estamos escalando a montanha.

E, finalmente, eu aprendi que quanto menos tempo temos, mais coisas conseguimos fazer.

*   *   *

Se temos avós no lar, aproveitemos para lhes ouvir as histórias das suas vidas. Aproveitemos a sua sabedoria antes que eles partam para as terras espirituais e fiquemos amargando a saudade.

Se temos crianças no lar, aproveitemos para lhes observar o sono, povoado de sonhos doces e ainda frescos dos orvalhos das manhãs.

Aprendamos com elas a nos entregar ao sono em tranquilidade e paz, usufruindo de cada momento para uma verdadeira recomposição das forças da alma.

Se temos conosco mãe, pai, um amor, digamos hoje, enquanto o sol brilha e as nuvens espalham manchas brancas no céu azul, digamos o quanto eles são importantes para a nossa vida, o quanto os amamos, o quanto os queremos bem.

Façamos isso hoje, já, agora, antes que o dia passe, a noite venha e as palavras morram, estranguladas, em nossa garganta, pela oportunidade desperdiçada, outra vez.

 

Redação do Momento Espírita, com base em
tradução livre do texto 
I have learned, de
William Shakespeare.
Em 11.1.2014

 

 

 

  

UM NATAL DIFERENTE

Naquele escritório era assim. Todos os anos, eles procuravam uma família que necessitasse de assistência para comemorar o Natal.
Para o dia que se aproximava, eles localizaram uma que havia sofrido várias tragédias nos dois anos anteriores. O Natal deles seria magro e triste.
Então, durante um mês, todos no escritório foram colocando as doações em dinheiro dentro de uma lata decorada.
Depois, se divertiram muito escolhendo os presentes para o pai, a mãe e os seis filhos, imaginando a expressão de felicidade deles, ao receberem os presentes.
Para os meninos, luvas para o inverno e aviões em miniatura. Para as meninas, bonecas e bichinhos de pelúcia. Para a mais velha, já adolescente, perfume e um relógio.
Evidentemente, aquela família não deveria saber quem eram os doadores e, por isso, eles combinaram que o pastor da igreja rural seria o portador dos presentes.
Na sexta-feira anterior ao Natal, a mãe da família voltou mais cedo para casa, após o trabalho. Ela recebera uma gratificação extra do seu patrão. O marido ficou feliz com a notícia.
Agora eles tinham dinheiro para comprar presentes de Natal para os filhos. Sentaram-se e juntos fizeram uma lista, procurando combinar o querer com as necessidades.
Mas, então, eles ficaram sabendo que um amigo estava prestes a ser submetido a uma cirurgia. Ele estava desempregado e não poderia pagar as despesas médicas. Mais do que isso, nem tinha o que comer em casa.
Condoídos com a situação, marido e mulher convocaram os filhos para uma reunião de família e decidiram entregar a gratificação de Natal ao amigo.
Comida e despesas médicas eram mais importantes do que brinquedos de Natal.
Algumas horas depois de tomada a decisão, o pastor foi fazer uma visita para a família.
Antes que ele tivesse tempo de explicar o motivo da visita, eles contaram que gostariam de doar o dinheiro ganho e lhe pediram que entregasse o cheque para o amigo necessitado.
O pastor ficou muito surpreso diante de tanta generosidade e concordou em entregar o cheque, com uma condição: todos eles deveriam acompanhá-lo até seu carro.
Sem entender muito bem o porquê da exigência do pastor, eles concordaram com o pedido.
Quando atravessaram o portão da casa, viram o carro do pastor abarrotado de presentes de Natal. Presentes que o pessoal daquele escritório lhes havia mandado, como expressão de amor natalino.
Que Natal esplêndido foi aquele para as duas famílias necessitadas, para o coração do pastor e para todo o pessoal do escritório!
* * *
Num dia distante, há mais de vinte séculos, o Divino Pastor nasceu entre as Suas ovelhas. Veio manso, numa noite silenciosa, somente deixando-se anunciar por um coro de mensageiros espirituais, aos corações dos homens de boa vontade.
Até hoje, Ele continua assim: falando aos homens que se dispõem a ter boa vontade para com os outros homens. Boa vontade para doar-se, para dar-se, para amar.
Este é o sentido do verdadeiro Natal: o amor de Deus para com os homens. O amor dos homens uns para com os outros, em nome do Divino Amor que se chama Jesus.

Redação do Momento Espírita

 

 

Dias desafiadores

Os dias atuais são desafiadores e vêm gerando aturdimentos intensos em todos nós.

Embora abracemos os valores nobres do Cristianismo, embora entendamos a proposta de Jesus como guia seguro e lúcido, ainda assim nos perdemos nos desvarios dos dias que se seguem.

Não obstante o esforço por uma conduta reta e digna, ainda nos vemos perturbados e atônitos com a realidade que nos cerca.

Mesmo tendo claro o desejo por uma vida pautada pelo respeito, pelo bem agir e pela justeza nas ações, ainda assim, não raro, nos perdemos nas loucuras que conquistam espaço.

Vivemos dias onde os vícios ganham cidadania e interesses mesquinhos e vis dominam os mais variados grupos.

A descrença na imortalidade da alma, o descaso pelos valores espirituais geram atitudes egoístas e imediatistas, atropelando qualquer possibilidade mais nobre de conduta.

O ser humano passa a valer cada dia menos.

Torna-se descartável nas relações sociais e emocionais, sem nenhum significado a não ser algum fim utilitarista imediato.

A vulgaridade ganha as rodas sociais e o ambiente familiar.

A erotização barata e leviana das músicas, danças e outras tantas formas de expressão humana, passa a ser vista com normalidade assustadora.

O alucinante desejo de enriquecer, de possuir, de se destacar na sociedade, substitui as virtudes esquecidas da humildade, da pureza de coração.

*   *   *

Porém, jamais devemos esquecer que o condutor do planeta vela e tem planos nobres e superiores para todos nós.

Por mais que o ser humano se perca no lodaçal do primarismo moral que ainda se permite, seu progresso se dará inevitavelmente.

Somos todos filhos de Deus e, mesmo que momentaneamente perdidos e iludidos no abismo moral que vive hoje a sociedade, trazemos na nossa intimidade o gérmen divino.

Assim, mesmo nas dificuldades naturais destes momentos transitórios, não abandonemos os caminhos da reestruturação moral.

Ainda que os dias se mostrem alucinados, onde o erro e a loucura são confundidos com normalidade, permaneçamos no bem.

Façamos esforços para não nos deixarmos levar no roldão da insensatez e leviandade atuais. Perseveremos no exercício da dignidade e do respeito.

Não desanimemos, mantendo-nos fiéis ao compromisso com a própria consciência e com os valores morais que elegemos.

A ação de cada um é muito importante no conjunto geral.

Nestes dias onde as referências de bem agir parecem ter desmoronado, sejamos o modelo de esforço no bem agir.

Logo mais, sem tardar, novo dia raiará para a Humanidade.

Cansado dos caminhos de dor e loucura a que se permitiu, o homem retomará valores antes perdidos, a fim de buscar a paz que tanto anela e da qual tanto se distanciou.

Portanto, confiemos e sigamos com Jesus. Ele proverá todas as nossas necessidades para que atravessemos em paz o mar bravio e tempestuoso que ora se faz em nosso planeta.

 

Redação do Momento Espírita, com base no
 cap. 22, do livro Ilumina-te, pelo Espírito Joanna
de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. Intervidas.
Em 14.12.2013.

 

O bem anônimo

Pessoas famosas, em geral, tomam páginas e páginas da imprensa escrita todos os dias. Revistas especializadas mostram como eles vivem, do que gostam, o que fazem das suas horas.

 

Se viajam, casam ou descasam são notícia. Se cometem uma infração à lei, qualquer que seja, se tornam manchete.

 

São seres humanos, com virtudes e defeitos. Praticam tolices, como todos nós, com a diferença de que estão sempre em evidência.

 

Por isso, é muito bom se falar a respeito das coisas positivas que alguns desses seres realizam em suas vidas. E, digamos bem, sem querer que outros saibam.

 

Foi assim que um dia, Irmã Dulce, a freira baiana que deixou uma mensagem de amor para a Humanidade, com sua vida de dedicação aos doentes pobres, confidenciou a um amigo íntimo que, certa vez, andava muito preocupada com as dívidas da sua obra benemérita.

 

Aproximava-se a época de pagar o décimo terceiro salário aos funcionários do hospital e ela não tinha de onde tirar o numerário. Armada de fé, orou a Maria, mãe de Jesus:

 

Mãe Santíssima, peço a ti, como mãe de nosso Mestre, que me ajudes. Eu já pedi a Ele que olhe pela nossa obra. Mas, sabe, mãe, acho que Ele anda muito ocupado com outras coisas ou, então, deve estar cansado dos meus pedidos constantes. Ele não está me atendendo.

 

Por isso, eu te peço, Maria, intercede por mim junto a Ele. Precisamos muito de dinheiro. Os funcionários não podem ficar sem o seu salário.

 

Além disso, temos umas outras tantas dívidas que me estão preocupando. Ajuda-me, Maria.

 

Alguns dias depois, Irmã Dulce conta que recebeu um telefonema. Era o cantor Roberto Carlos.

 

Olá, Irmã, como vai?

 

Na resposta de Irmã Dulce, ele percebeu a preocupação.

 

A senhora está com problemas de dinheiro?

 

Pois é, meu filho, estou. A obra é grande, muitos os necessitados e as obrigações sociais.

 

De quanto precisa, Irmã?

 

Depois que ela declinou a quantia, ele completou perguntando o nome do banco, o número da agência e da conta corrente. No dia seguinte, lá estava o depósito.

 

Mas, disse o cantor, tem uma condição para eu lhe remeter o que a sua obra precisa, Irmã. A senhora deve me prometer que não contará para ninguém.

 

Foi por esse motivo que, durante muito tempo, Irmã Dulce guardou segredo. Mas, um dia, resolveu contar para um amigo porque, dizia, queria que ao menos outra pessoa pudesse saber que almas nobres existem neste maravilhoso mundo de Deus.

 

E, por acreditarmos que o bem merece lugar de destaque no mundo, optamos por narrar o episódio.

 

*   *   *

 

Sejamos sempre aqueles que têm olhos de ver o bem, o belo, o bom.

 

Antes de permitir que a nossa inveja ou simplesmente nossa vontade de criticar, estabeleça comentários desabonadores sobre quem quer que seja, disponhamo-nos a nos tornar os divulgadores das boas notícias, dos gestos nobres, das ações nobilitantes.

 

Nosso sofrido mundo necessita de vibrações positivas, de anúncios de bondade.

 

Pensemos nisso e construamos o bem com nossas palavras, todos os dias.

 

 

 

Redação do Momento Espírita, com base em
informações colhidas no seminário O perdão e o

autoperdão, desenvolvido
por Divaldo Pereira Franco.
Em 21.11.2013.

 

 

A beleza de cada um

 

No momento em que a mídia enfatiza a beleza como questão de êxito para o sucesso e condição para se enriquecer de forma muito rápida;

no momento em que se observa que muitos dos nossos jovens estão mais preocupados em mostrar e explorar o corpo, do que em conquistar valores reais;

cabe-nos proceder a uma pequena pausa para meditação a respeito dos caminhos que temos buscado trilhar e daqueles que estamos apontando para os nossos filhos.

Conta-se que um homem acabrunhado entrou em um templo para fazer as suas orações. Em determinado momento, confidenciou a Deus:

Senhor, eu estou aqui porque em templos não há espelhos, pois nunca me senti satisfeito com minha aparência.

Então, na intimidade da consciência, ele começou a ouvir uma voz que lhe dizia, com entonação paternal:

Meu filho, nenhuma das minhas obras surgiu ou ficou sem beleza, pois, lembre-se, que tudo criei com amor.

A aparente feiura é resultado da miopia dos homens, que não sabem, por vezes, descobrir a beleza oculta.

De toda forma, lembre que não importa se o seu corpo é gordo ou magro. O que tem capital importância é que ele é o templo do Espírito imortal. Merece toda a consideração, pois, graças a ele, o Espírito atua no mundo para seu próprio crescimento.

Não importa se seus braços são longos ou curtos. O que tem valor é o desempenho do trabalho honesto que executam.

Não importa se as suas mãos são delicadas ou grosseiras. Sua função é distribuir o bem às outras criaturas. É acarinhá-las e lhes transmitir bem-estar.

Não importa a aparência dos pés. Sua função é tomar o rumo do amor e da humildade.

Não importa o tipo de cabelo, cor, comprimento e se existe ou não numa cabeça. O que importa são os pensamentos que por ela passam e que ela transmite, como criação sua, beneficiando ou destruindo seus irmãos.

Não importa a forma ou a cor dos olhos. O que importa é que eles vejam o valor da vida e, assim ilustrados, colaborem para demonstrar esse valor a outros tantos seres que não gozam da mesma facilidade.

Não importa o formato do nariz. O que importa é inspirar e expirar bom ânimo, entusiasmo, fé.

Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativos. O que importa são as palavras que dela saem, edificando vidas ou destruindo pessoas.

*   *   *

Se você não está feliz com a sua aparência física, medite a respeito. Olhe-se no espelho, outra vez, e descubra o brilho dos seus olhos graças ao amor que lhe vai na alma.

Agradeça a possibilidade de um corpo para viver sobre a Terra, nosso lar e nossa escola.

Finalmente, recorde de grandes vultos da Humanidade, que não ganharam prêmios ou foram admirados pela sua beleza física, mas transformaram as comunidades, influenciaram o mundo com seus gestos extraordinários.

Lembre da pequenina irmã Dulce, da Bahia, da também pequena em estatura Madre Teresa de Calcutá.

Por fim, de nosso Francisco Cândido Xavier que, de sua casa, em Uberaba, portador de variadas complicações físicas, espalhava luz para o mundo, através das suas mãos envelhecidas pelo tempo.

Pense nisso.

 

Redação do Momento Espírita, com variações
a partir do texto O espelho, de autoria
desconhecida.
Em 14.11.2013.

 

Sempre o amor

 

O mundo é tão cruel...

Em todos os cantos, notícias de calamidades, de maldades sem sentido, de dor, de profunda dor.

Parece que a Terra sofre sem cessar...

Terremotos e tsunamis agitam o orbe, mas também atingem o âmago do ser, que se remexe interiormente, buscando novo estado íntimo.

Sabemos de tudo que acontece em qualquer canto do mundo e, estranhamente, o que mais nos interessa ainda, são as desgraças. Elas vendem – usando do linguajar lamentável que aprendemos a repetir.

Boas notícias, bons acontecimentos são exceção! Será mesmo?

Fala-se em demasia de economias em crise, como se a felicidade do mundo fosse medida apenas por sua situação econômica. Se as economias vão mal, tudo vai mal. Será?

O que pode mudar essa paisagem? O que pode mudar esse sentir?

Como caminhar no meio disso tudo, sem se impregnar de um negativismo pegajoso, quase inevitável?

Como criar os filhos? Como criar asas? Como manter os sonhos?

O que pode mudar essa paisagem? O que pode mudar esse sentir?

O amor.... ainda o amor.

*   *   *

Tudo ama.

A vida é um cântico de exaltação ao amor.

Osculando a rosa, arranca-lhe o sol haustos de perfume.

Acariciando o regato, toma-lhe o ar balsamizante orvalho.

Espraiando-se a luz, no firmamento, recebe-lhe a Terra magnetismo refazente.

Desde o verme que no subsolo labora, pela honra do pão, até os refulgentes oceanos de astros nas galáxias do infinito, a vida é um hino ao amor.

Mergulha a planta a raiz na madre do solo, e da junção afetiva desdobram-se flores e frutos, abençoando a interdependência da planta e da terra.

Ergue-se a criatura ao Criador em oração e responde o Criador à criatura na inspiração.

Tudo vibra e ama: a gota d´água vitalizando o vegetal e a partícula de húmus fertilizando o deserto.

No entanto, o homem chora, sofre e se entristece...

Só ele guarda na face as marcas da inquietação...

Dor é bênção, aflição é ensinamento, tristeza é oportunidade de renovação, sofrimento é resgate...

Nascido na carne pelo impulso sublime da lei para evoluir, detém-se muitas vezes fora da lei, fugindo de si mesmo para enfrentar-se mais tarde.

E tudo é amor...

*   *   *

Abra para esse amor, coração alanceado que chora, as portas da sua luta, e avance cantando ao ritmo do trabalho a melodia da esperança.

Você defrontará em toda a parte a mensagem da vida, forjando formas e aspirações novas, corporificando o infinito amor de nosso Pai, para a glória de nós todos.

*   *   *

Já comunicamos nosso amor hoje?

Para alguém, para a natureza, para o sol, para a vida...

Podemos ir além do dizer eu te amo, embora estas palavras mágicas funcionem sempre muito bem quando ditas de coração, com sinceridade.

Não deixemos de levar nosso amor a alguém, enquanto é hoje, enquanto ainda há tempo...


Redação do Momento Espírita, com base no
cap.40, do livro Sementeira da fraternidade,
de Divaldo Pereira Franco, por diversos Espíritos,
ed. LEAL.
Em 7.11.2013.

 

Um aparente adeus

O dia estava alegre e divertido. Os familiares estavam reunidos na chácara dos avós para um almoço especial. Muita conversa, risada, carinho e felicidade.

As crianças faziam algazarra. Os avós, orgulhosos, as contemplavam, alegres pela presença tão estimada dos filhos e netos.

Após deliciosa refeição, as crianças, acompanhadas por alguns adultos, reuniram-se em torno do lago existente na propriedade, a fim de aproveitarem a tarde.

Junto delas estava Raul, que contava apenas dois anos.

Por breve instante de distração de todos que ali estavam, ele se afastou do grupo e acabou por parar perto da piscina.

Movido pela curiosidade, o menino aproximou-se da água e acabou nela caindo.

O pai, assim que percebeu o fato, tirou-o da piscina e fez todas as manobras de emergência para desafogá-lo, sem muito sucesso.

Mais do que depressa, levaram-no para o hospital, onde foi prontamente atendido. Entretanto, foi com pesar que o médico responsável comunicou à família que o pequeno não havia sobrevivido ao afogamento.

Naquele momento, os pais de Raul perderam o chão. Como podia aquele menino que, há apenas alguns instantes estava brincando e alegrando suas vidas, estar morto?

A dor era grande demais. Os avós, tios e primos estavam desnorteados. Não conseguiam acreditar na triste realidade na qual estavam imersos.

Onde há pouco existira alegria, risos e diversão, agora, havia tristeza, lágrimas e dor.

Como entender tal fenômeno que, não mais que de repente, leva para longe de nós aqueles a quem amamos, a quem devotamos todos os nossos melhores sentimentos?

Como entender que aquele que estava conosco, agora partiu, nos privando de sua companhia, nos privando de seus abraços e de seu carinho?

Estranho seria pensar que Deus, infinitamente justo e bom, nos uniria em famílias, com a finalidade de nos amarmos e depois ceifaria tal sentimento com um ponto final, chamado morte.

A morte, no entanto, não é uma despedida absoluta e, sim, relativa.

A vida do homem é como o sol das regiões polares durante o estio. Desce devagar, baixa, vai enfraquecendo, parece desaparecer um instante por baixo do horizonte. É o fim, na aparência.

Mas, logo depois, torna a elevar-se, para novamente descrever sua órbita imensa no céu.

Por mais pareça que a escuridão será eterna, o sol sempre nasce outra vez, brindando-nos com sua luz radiante.

No momento oportuno, as sombras da aparente perda e da saudade darão espaço à luz do reencontro, pois o corpo, esse sim perece, mas o Espírito é viajor incessante da eternidade.

E, enquanto tal reencontro não ocorre, cultivemos os laços de amor, que permitem a sintonia com o ser amado e a certeza de que o tão esperado abraço ocorrerá.

As lágrimas, nesse nobre momento, serão expressões sinceras de duas almas que muito ansiavam por esse reencontro.

*   *   *

Lembremos: a morte não é um adeus. Antes, é um até breve!

 

Redação do Momento Espírita, com pensamentos
extraídos do cap. 10, do livro 
O problema do ser, do

destino e da dor, de Léon Denis, ed. FEB.
Em 31.10.2013.

 

 

Deus cria as flores, o homem idealiza os jardins.

O espetáculo da primavera explodindo em flores e cores é deslumbrante.

 

Quase inacreditável, não ocorresse todos os anos, que, após os meses de inverno, com temperaturas extremamente baixas, haja tal profusão de botões e flores se abrindo aos beijos do sol.

 

Árvores, até há pouco desnudas, se vestem de verdes variados e se engalanam com folhas.

 

Mas o espetáculo que o homem monta com árvores, plantas, folhagens e flores é sempre indescritível.

 

Em determinados locais, o encantamento extrapola tudo que se possa pensar em colorido. Assim é, por exemplo, no jardim de Kawachi Fuji, localizado a cerca de seis horas da capital japonesa, Tóquio.

 

Nesse jardim, nada menos do que cento e cinquenta pés de glicínias chinesas atraem as vistas dos turistas, especialmente no túnel, que permite ocaminhar sob um encantador céu, repleto de cor e perfume.

 

Também em Mainau, a famosa ilha, no lago de Constança, na Alemanha, a diversidade de flores, árvores e plantas excede o comum.

 

Carvalhos e cedros frondosos dão ao local uma silhueta elegante, além de uma legião de plantas de vasos e uma valiosa coleção de árvores cítricas.

 

De junho a agosto, cerca de nove mil roseiras de quatrocentos tipos diferentes oferecem suas rosas. Além das cores, dos perfumes, da textura das pétalas de cada flor, encantam os visitantes as formas compostas pelos jardineiros.

 

Em Bruxelas, na Bélgica, a cada dois anos, a cidade se transforma num palco de grande espetáculo: um enorme tapete de begônias é montado, formando uma composição belíssima, cuja vista é gratuita para todos os passantes.

 

A Bélgica é a maior produtora de begônias do mundo. Todas as flores do tapete são verdadeiras e cultivadas no próprio país.

 

Embora sem solo, elas são colocadas lado a lado, de forma tão apertada, que criam seu próprio microclima, permanecendo frescas e coloridas por dias.

 

Enfim, em todas as cidades, praças e parques do mundo é possível encontrar a policromia das flores ajustada pela mão humana.

 

O homem é genial na elaboração de figuras geométricas em canteiros, misturando cores, idealizando belezas.

 

Em qualquer jardim, por menor que seja, até mesmo na pequena sacada de um apartamento, se poderá ver o que faz a mão humana com a produção Divina.

 

É mesmo assim: Deus cria as flores e o homem compõe os jardins.

 

Une-se a genialidade infinita de Deus à criatividade humana e o resultado é o que extasia os nossos olhos e o Espírito.

 

Nesses momentos, a alma se sente mais próxima de seu Criador, Pai e Senhor.

 

E o homem se sente feliz compondo esses poemas de cor e perfume, utilizando-se da essência Divina que em sua intimidade dormita.

 

Nessa cumplicidade de arte, mais uma vez atesta-se da grandeza do Criador. Ele poderia ter feito tudo sozinho. No entanto, desejou que o homem se tornasse colaborador constante.

 

Por isso é que o homem todos os dias se supera, engendrando mais e mais versos em cores e poesias de perfumes.

 

Deus cria as flores, o homem idealiza os jardins.

 

 

 

Redação do Momento Espírita.
Em 24.10.2013.

 

 

 

 

 

UM SENTIDO PARA A VIDA

Um dos graves problemas da atualidade é a falta de sentido da vida para um grande número de pessoas.

Isso redunda em um expressivo montante de suicídios, sobretudo de jovens. Jovens que possuem beleza física, boas condições financeiras, que cursam as melhores universidades, que têm boa estrutura familiar.

Enfim, criaturas que têm tudo para serem felizes, para desejarem viver. E, contudo, buscam a morte voluntária, numa escala que, estatisticamente, informa que o suicídio é a causa mais frequente de morte, nos Estados Unidos, depois dos acidentes de trânsito.

O psiquiatra vienense Viktor Frankl, em uma de suas conferências, contou que, certa feita, foi acordado pelo telefone, às três horas da manhã.

Do outro lado da linha, uma mulher dizia que acabara de tomar a decisão de se suicidar. Ela estava curiosa para saber a opinião dele.

Calmamente, ele lhe disse o que sempre existe para se falar contra o suicídio. Durante um largo tempo eles discutiram todos os prós e contras.

Por fim, Viktor conseguiu que ela prometesse não fazer nada nas próximas horas. E pediu-lhe que fosse ao seu consultório naquela manhã.

Pontualmente às nove horas, conforme ele estabelecera, ela apareceu. E confessou:

O senhor vai se enganar, doutor, se estiver achando que qualquer um dos argumentos que o senhor me apresentou essa madrugada teve o mínimo efeito sobre mim.

Se alguma coisa me impressionou, foi o fato de tirar um homem do seu sono e, em vez de brigar comigo, ele me escutou pacientemente por mais de meia hora.

E depois conversamos. A partir daí, cheguei à conclusão de que, se isso existe, então quer dizer que é preciso dar mais uma chance à vida, à continuação da vida.

Uma relação humana tinha se estabelecido e, nesse caso, salvo uma vida.

O famoso psiquiatra, criador da Logoterapia, considerada a Terceira Escola Vienense de Psicoterapia, contou ainda que, certa manhã, chegou à clínica e cumprimentou um pequeno grupo de professores, psiquiatras e estudantes americanos que estavam em Viena, com o intuito de realizar algumas pesquisas.

Ele lhes disse que um programa televisivo, nos Estados Unidos, escolhera algumas pessoas e lhes pedira que resumissem numa frase o objetivo da vida.

Bem, disse Viktor, eu fui selecionado. O que os senhores acham que eu escrevi?

Todos ficaram pensando até que um estudante respondeu:

O senhor escreveu que o sentido de sua vida era ajudar os outros a ver o sentido de suas vidas.

Exato, respondeu o médico, foi precisamente isso que escrevi.

*   *   *

O mestre Galileu já prescreveu, há mais de dois mil anos: Amai o vosso próximo. Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam. Tratai todos os homens como desejai que eles vos tratem.

Se passarmos a nos importar com o semelhante, com quem caminha ao nosso lado, encontraremos sentido na vida porque sempre haverá uma lágrima para enxugar, um coração para consolar, alguém para agasalhar, um carinho a dar.

Pensemos nisso e tracemos objetivos para nossas vidas. Crescer em intelectualidade, mas não esquecer que somos gente, rodeados de gente e que todos ansiamos muito por alguém que se importe conosco.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. O ser humano
que sofre, do livro O que não está escrito nos meus livros, de Viktor E.
Frankl, ed. É realizações e nos versículos 12, do cap. VII e 39 do cap.
XXII do 
Evangelho de Mateus, e no versículo 31, do cap. VI do
Evangelho de Lucas.

Em 17.10.2013.

 

QUANDO FALAR...

 

As palavras bondosas são como o mel, doces para o paladar e boas para a saúde, diz Salomão, em seus versos bíblicos.

 

Com os Espíritos superiores aprendemos que a palavra educada é o alvorecer do coração. Conversar é mostrar por fora o que existe por dentro. Enfim, a nossa boca é a nossa ferramenta e nossa grandiosa oficina onde o artista é o Espírito.

 

Dessa forma, a nossa palavra pode socorrer, estimulando os caídos a se levantar, aqueles que dormem a despertar, os errados a se corrigir e os agressivos a se acalmar.

 

As nossas palavras são sons revestidos dos nossos sentimentos, por isso, quando falarmos a respeito do amor, falemos como quem ainda conhece muito pouco, para nós mesmos absorvermos cada frase que brote do coração.

 

Quando falarmos a respeito da dor, deixemos abertas as janelas da alma para compreender que amor e dor são tão parecidos que até os confundimos, ao vê-los bem de pertinho.

 

A criança chora de fome e o amor lhe estende pão. O doente geme e o amor lhe estende o remédio e segura-lhe a mão.

 

Quando falarmos sobre a paz, façamo-lo mesmo no rumor da guerra, para sermos ouvidos na mais alta voz.

 

Falemos da paz a quem faz a guerra tanto quanto para os que conosco vibram pela paz. E apliquemos os métodos da paz em nossas vidas porque nossas atitudes darão maior credibilidade ao nosso verbo.

 

Quando falarmos a respeito da fome, busquemos saciar a fome de alguém, tanto quanto aprendamos a abençoar a mesa farta do nosso café da manhã, do almoço e do jantar.

 

Diante de pratos que não apreciemos, recordemos os que morrem à fome, todos os dias e em vez de esbravejar por não ter nada para comer, levantemo-nos da mesa, abramos a geladeira e escolhamos algo que nos agrade para a alimentação.

 

Quando falarmos sobre amizade, estendamos as mãos e alcancemos os amigos, a fim de provar a nós mesmos aquilo que gostamos de dizer aos outros.

 

Quando falarmos a respeito da felicidade, acreditemos nela e a cultivemos, enumerando os tantos itens que constituem a nossa felicidade. Vamos, com certeza, descobrir que temos maiores motivos para sermos felizes do que infelizes.

 

Quando falarmos a respeito da fé, demonstremos que a nossa própria vida é regida pela fé, não nos permitindo abraçar pelo desespero, nem pela rebeldia.

 

Quando enfim, falarmos de Deus para as criaturas, falemos do Deus-amor que não faz distinção dos seres porque é o Criador de todos.

 

Falemos a respeito do Deus-Pai que abençoa todos os Seus filhos, em todas as nações, em todo o Universo, por ser o excelso Pai que aguarda a todos no Seu reino, não importando o século, a dimensão e o caminho longo, sinuoso ou curto que tenha percorrido para chegar até ele.

 

*   *  *

 

Mesmo que não saibamos, somos exemplo para alguém.

 

Sempre existem pessoas que estão observando os nossos atos, mesmo os equivocados, e se afinam com eles.

 

Desse modo somos responsáveis, não só pelo que realizemos, como também pelo que as nossas ideias e atitudes inspirem a outros indivíduos.

 

Cuidemos do que falamos e realizamos, para que os nossos observadores se edifiquem e ajam corretamente.

 

 

 

Redação do Momento Espírita, com base no texto Palavras e palavras,
de Daltro Rigueira Vianna; no texto 
Quando falar de amor, de autoria
ignorada e no cap. CXX, do livro 
Vida feliz, pelo Espírito Joanna de
Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 10.10.2013.

 

 

Nuances de Amor

Três fotos. Três histórias sublimes que mostram o poder do amor e onde ele está nos levando nesses novos tempos. A primeira é curiosa, inusitada: dentro de um guarda-roupa, uma camisa e um paletó abraçam um vestido de noiva, simulando os dois seres que vestiram aqueles trajes, tempos antes, numa cerimônia matrimonial. Trata-se de um casal que desejou imortalizar as lembranças de seu casamento de uma forma diferente. Fizeram com que as roupas que usaram na data ficassem ali, entrelaçadas, dentro do armário, para sempre. Imaginamos o sentimento, a emoção, de contemplar aquela imagem, diariamente, toda vez que abrem o armário. Imaginamos, durante os dias de céu azul no relacionamento, mas também durante os dias de tempestade, comuns e naturais, em qualquer relação a dois. Talvez ela os lembre do compromisso, dos sonhos e dos maiores sentimentos que os levaram a fazer essa escolha importante e bela. A segunda foto é tocante, e trata da relação com os filhos e do que esse grande amor que aprendemos a conhecer com eles, é capaz de nos proporcionar. Pai e mãe, sorrindo, mostrando suas barrigas desnudas, e no meio delas o filho, um menino de cerca de cinco anos de idade também com sorriso no rosto, mostrando nas mãos uma bomba de insulina portátil. Um detalhe fundamental: os pais apresentam sua pele tatuada, cada um com uma imagem detalhada, representando uma bomba de insulina em tamanho real, localizada na lateral do corpo – simulando o dispositivo verdadeiro. Segundo eles, desejaram fazer isso pelo filho, para que ele, diabético, não se sentisse diferente e pudesse passar por aquele desafio durante a vida com mais suavidade. A terceira imagem é também belíssima: um homem idoso com uma placa pendurada no pescoço, dessas que apresentam escritos na frente e atrás - nas costas. A placa diz: Preciso de um rim para minha esposa. – E, logo abaixo, um número de telefone. A reportagem afirma que ele sai pelas ruas e estradas de sua cidade, diariamente, caminhando sem descanso, há cerca de um ano, à espera de um doador. Pela iniciativa ter emocionado muitas pessoas, o americano já recebeu ligações da Suécia, Egito e diversos outros países, de pessoas desejando ajudar. * * * Nuances de um amor que ainda estamos aprendendo a conhecer. Da mesma forma que usamos tão pouco de nosso cérebro material, podemos dizer que usamos menos ainda do amor que temos em potência dentro de nós. Um amor que precisa ser desenvolvido, que cresce em situações cotidianas como essas e tantas outras. Será que ainda não entendemos a razão de existir da família, do casamento, dos filhos? Existe escola de amor melhor que essa? Quem pode afirmar que permanece o mesmo depois de se apaixonar e viver esse amor profundamente? Quem é capaz de dizer que não muda em nada, após receber os filhos, e conhecer uma nova modalidade de amor, de relação, de doação? * * * A lei de amor substitui o individualismo pela integração das criaturas e acaba com as misérias sociais. Feliz daquele que, no decorrer de sua vida, ama amplamente seus irmãos em sofrimento! Feliz daquele que ama, pois não conhece nem a angústia da alma, nem a do corpo. Seus pés são leves e vive como se estivesse transportado fora de si mesmo.

Redação do Momento Espírita, com citações do item 9, do capítulo XI, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB. Em 2.10.2013.

CRENDO EM DEUS

um pensamento popular que diz que pouco importa se você não acredita em Deus. O importante é que Deus sempre acredita em você. E há uma grande verdade nisso. Se hoje alguém afirma que não acredita em Deus, será um processo momentâneo. Logo mais, nessa ou em próxima existência, do lado de cá ou do lado de lá da vida, perceberá o equívoco e, mais maduro, irá entender que Deus existe. Afinal, alegam esses, nunca a ciência provou a existência de Deus. Para crer nEle, afirmam os materialistas, é necessário ter fé. Porém, esquecem eles de refletir que tampouco a ciência conseguiu provar que Deus não existe. Logo, para crer na não existência de Deus, para ser materialista, também é necessário ter fé. Assim, entre as duas questões de fé, reflitamos com a razão. Podemos não conseguir provar a existência ou ainda compreender a essência de Deus, mas conseguimos ver as obras de Sua Criação, os reflexos de Sua atuação. Como explicar que o acaso seja capaz de fazer com que a matéria, poeira esparsa no Universo, aglomere-se e gere planetas, vida, inteligência? Como explicar a infinitude dos astros no Universo, bailando no oceano cósmico: planetas, galáxias, nebulosas, como um relógio preciso e harmonioso? Como explicar que uma única célula, aliando-se a outra, dê origem a um organismo de alta complexidade, formado por trilhões de células, com as mais variadas especializações? E ainda, como explicar que esse mesmo organismo seja capaz de criar, imaginar, se emocionar e amar, somente como fruto do acaso da natureza? Como falar das mágicas da natureza, como o instinto dos animais, que faz espécies já adultas buscarem as mesmas nascentes, praias, regiões, onde nasceram, para também se acasalarem, perpetuando a espécie? Acaso as letras do alfabeto, jogadas a esmo, poderão, sem a intervenção do intelecto e da criatividade de um poeta, se transformarem em versos de delicada beleza? Basta olhar as obras da Criação para entender a grandiosidade de Deus. Com esse entendimento, o rei hebreu Davi escreveu em um de seus salmos: Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. Embora nossa capacidade intelectual e emocional tenha dificuldades para compreender que é Deus, podemos afirmar ser Ele a inteligência suprema, a causa primeira de todas as coisas do Universo. Ou, conforme sintetiza João, o Evangelista, Deus é amor. E basta. A partir disso, cabe a cada um de nós, filho de Deus, viver conforme Sua proposta. Cabe a cada um de nós exercitar e fomentar o amor em nossa intimidade. Será através do amor vivenciado e cultivado em nós que passaremos a compreender e entender a Deus. O entendimento de Deus virá quando nosso coração se encher dEle, amando-O acima de todas as coisas e amando ao próximo como a nós mesmos, tal como nos recomenda Jesus. Quando alcançarmos esse patamar, nossa alma estará plena de esplendor, tendo absorvido os luminosos raios do seu Pai e Criador.

Redação do Momento Espírita. Em 26.9.2013